quinta-feira, 8 de abril de 2010

As autoridades foram alertadas, mas não tomaram providências. Governo de inércia, omissão e incompetência...

Unicamp alertou sobre os
riscos de tragédia no Rio

Estudo preliminar, divulgado em novembro de 2009, foi apresentado no Palácio da Cidade, no Rio de Janeiro

08/04/2010 - 07h35 . Atualizada em 08/04/2010 - 17h33

Uma pesquisa do Núcleo de Estudos da População (Nepo)da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), em parceria com o Instituto de Pesquisas Espaciais (Inpe), iniciada em 2009, já alertava autoridades do Rio de Janeiro sobre o perigo de enchentes na região da Lagoa Rodrigo de Freitas. O local, que foi um dos mais afetados com a inundação da última terça-feira (06/04), aparecia no relatório como um dos pontos mais críticos do município. O estudo preliminar, divulgado em novembro de 2009, foi apresentado no Palácio da Cidade, residência oficial do prefeito, e contou com a presença de diversas autoridades locais e do governo federal, como o prefeito Eduardo Paes e o ministro do Meio Ambiente na época, Carlos Minc. A pesquisa mapeou as regiões mais suscetíveis à inundação nas cidades do Rio e São Paulo.

A autora principal do relatório do projeto, a pesquisadora do Nepo Andrea Young, afirma que o alerta foi dado durante o evento e enumerou diversos fatores que contribuem para desastres como esse. Ela diz que se a política de drenagem pluvial não for melhorada no Rio, a situação pode piorar. “A declividade de alguns morros rochosos da cidade, associada à presença de finas camadas de solo, costumam provocar deslocamentos de grandes volumes de terra em casos de temporais. A ocupação irregular de favelas e a consequente retirada da cobertura vegetal nessas encostas, piora o problema durante grandes tempestades. Se medidas urgentes não forem acionadas, a situação tende a se agravar.”

A pesquisadora explica que a presença de árvores e vegetação nos morros diminui o impacto das chuvas sobre o solo, facilitando a infiltração da água na terra e atenuando a intensidade das enxurradas. Com a retirada da mata original, para a fixação de habitações nesses locais, as regiões ficam vulneráveis e deslizamentos de terra se tornam comuns. “Boa parte dessas enxurradas barrentas se deslocam para o fundo de lagoas e rios. Esse material se acumula com o passar do tempo e acentua o problema de assoreamento. Isto reduz a capacidade de represamento de água e a cada nova tempestade, o perigo se torna iminente”, continua.

Andrea afirma que a deficiência no sistema de drenagem do município precisa ser combatida. “É necessário que o plano de drenagem seja repensado. Preservar matas ciliares ao longo dos rios, implantar parques lineares, reavaliar o diâmetro de tubulações e a infraestrutura de escoamento de água é fundamental para tratarmos do assunto. Ocupações irregulares, denunciadas por imagens de satélite, mostram que a prática continua ocorrendo. Quando as autoridades enfrentarem esses problemas, essa questão será amenizada.”



http://cosmo.uol.com.br/noticia/50578/2010-04-08/unicamp-alertou-sobre-osbr-riscos-de-tragedia-no-rio.html
Uma das maiores tragédias dos ultimos tempos, com mais de 200 pessoas soterradas.

“Foi o maior deslizamento da história de Niterói”, diz secretário de Obras

Há ao menos 200 soterrados no Morro do Bumba, diz subsecretário de Defesa Civil

Seis pessoas morreram em desabamento no Morro do Bumba.
Equipes de resgate avaliam como fazer buscas sem risco de contaminação.

Pelo menos 200 pessoas estão soterradas no deslizamento que atingiu o Morro do Bumba no Cubango, em Niterói, na Região Metropolitana no Rio, na noite de quarta-feira (8). A informação é do coronel Pedro Machado, subsecretário de Defesa Civil, que não diz não haver mais expectativa de encontrar pessoas com vida.

“Pela nossa experiência é uma morte instantânea. Desceu uma grande quantidade de terra, pedra e lixo", disse Machado, que também é comandante do Corpo de Bombeiros. "É muito difícil encontrar alguém vivo. É diferente do Haiti, onde prédios desabaram e as pessoas ficaram presas em bolsões de ar. Aqui foi uma grande quantidade de terra. Quando cai, toma todo o ambiente."

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http://g1.globo.com/Noticias/Rio/0,,MUL1561566-5606,00-HA+AO+MENOS+SOTERRADOS+NO+MORRO+DO+BUMBA+DIZ+SUBSECRETARIO+DE+DEFESA+CIVIL.html